Hoje disseram-me que eu acredito demasiado nas pessoas. Que dou demasiadas vezes o beneficio da dúvida. Que não consigo ver a maldade nos olhos das pessoas. Não me sentia tão ingénuo desde a 4ª classe, quando um colega me disse "vamos para debaixo das escadas, ver as meninas descer", e eu perguntei, "pra quê?"...
Então nos olhos das pessoas também dá para ver maldade? Pensei que só desse para ver se tinha miopia, estrabismo, cataratas e essas coisas. E como se faz para ver a maldade? Existe uma maquineta para isso? Ou será que a maldade nos olhos é vista através do filtro do nosso próprio cinismo, ou seja quanto mais cínicos, mais maldade conseguimos detectar. Se assim for não sei se quero ter esse poder oftalmológico. Ou então esse poder vem com as partidas que nos vão pregando ao longo da nossa vida. Tenho tido sorte.
Acredito na inocência antes da culpa provada, acredito também na possibilidade de que quem erra, se queira redimir. Acredito demasiado talvez. Sei que acredito demasiado. Mas gosto de acreditar...até que me provem o contrário.
Estou a mudar de casa. Dá trabalho, a lista de coisas a não esquecer e os detalhes a lembrar são extensos. Mas no meio da azáfama uma coisa se destaca...a sensação de renovação.
Todos nós precisamos, ciclicamente, de renovação. Pois bem, estou em plena fase de renovação e está a saber muito bem!
Os homens são todos iguais.
Esta frase é, provavelmente, a mais dita no mundo, em mais línguas, por mais mulheres, ao mesmo tempo. O que faz com que haja muitas pessoas a errar ao mesmo tempo. Não somos todos iguais e não me estou a referir apenas ao físico. Todas aquelas teorias do género, não podem ver um rabo de saias, só pensam com a de baixo, só conseguem pensar em duas coisas ao mesmo tempo e uma delas é sempre sexo, etc. Pois bem aqui vão algumas novidades minhas senhoras! Não olhamos para o rabo dos escoceses, nem mesmo o melhor pénis do mundo conseguiria erguer as pirâmides e conseguimos pensar em três coisas ao mesmo tempo! Apesar de uma delas ser sempre sexo…
Brincadeiras à parte, não consigo acreditar que, nem mesmo a mais caustica feminista, considere que de facto os homens são todos iguais. Existem traços gerais que nos classificam e identificam enquanto género mas daí a reduzir alguns biliões de pessoas à igualdade, acho um exagero. Assim sendo, vou tentar explicar o porquê de metade do planeta achar que a outra metade, é toda igual.
Em primeiro lugar temos que, obrigatoriamente, dividir as relações entre homens e mulheres. A frase que está na génese deste texto, só é ouvida quando uma mulher se está a referir a um homem com o qual teve, tem ou terá uma relação amorosa. As nossas mães não acham que somos iguais aos outros, pelo contrário, qualquer mãe que se preze acha que o filho é mais qualquer coisa que os outros filhos das outras mães. Sempre foi assim e sempre será. Assim sendo é nas relações amorosas, geralmente no fim delas, que mais se ouve que os homens são todos iguais. Mas pensem bem, se de facto fossemos, não haveria lugar a novas relações. As mulheres não se apaixonariam por diferentes homens ao longo da sua vida. Para quê? Se é tudo fotocopia, bastava ficar com a primeira que saísse na rifa. Mas não, no íntimo, todas as mulheres têm a secreta esperança de que o próximo é o tal. E se calhar é. Ou então, já encontraram o tal e, nesse caso, por aí se ficam. Não por acharem que os outros são todos fotocópias mas sim, porque encontraram o homem que melhor as completa, por esse ser diferente dos outros que já conheceram. Diferente, leram bem? Os homens são todos diferentes. Esta é a questão.
Mito quebrado, vamos aos motivos que levaram à criação do mesmo. De facto os homens têm muitas características comuns e, a que mais nos aglutina é o facto de não entendermos as mulheres. Não achamos que são todas iguais, pelo contrário, temos a plena noção que são todas diferentes. Só não conseguimos entender nenhuma. Mas ainda bem que assim é. É este eterno mistério que faz com que qualquer homem seja um admirador (por vezes inconfesso) das mulheres. É esta aura de misticismo que faz com que, muitas vezes, nos comportemos como mentecaptos perante as mulheres. No fundo, se pensarmos bem, os homens têm tendência a “endeusar” o que não entendem, logo, existe a tendência natural de o fazer em relação às mulheres. Não sabiam? Mas é a mais pura verdade. Para nós homens, vocês, mulheres, são o que mais se aproxima de uma divindade terrena.
Calma!
Já consigo ouvir o coro de protestos, referindo este ou aquele caso que demonstra que os homens são uns animais no que toca às mulheres. São apenas as excepções que confirmam a regra. Não somos perfeitos enquanto seres individuais e, muito menos o somos, enquanto género. Existem ovelhas negras em todo o lado. A única coisa que vos peço, é que não deixem que essas ovelhas negras, escureçam o rebanho todo. Além disso temos circunstâncias atenuantes. Já pararam para pensar, que ao longo da evolução da espécie, os homens têm vindo a perder e as mulheres a ganhar? Começámos por ser responsáveis por tudo e agora somos responsáveis por algumas coisas. Poucas. Cada vez menos. Não quero com isto dizer que sou contra a igualdade dos sexos, pelo contrário, conforme essa igualdade vai caminhando para um equilíbrio, só quero que ponderem que tudo o que vocês ganham…somos nós que perdemos. Convenhamos que isso desequilibra qualquer um. Até uma mulher.
Uma amiga dizia-me que tinha aproveitado as férias para ir acampar. Interessante, pensei eu. Disse-me que se tinha divertido muito. Óptimo, pensei eu. Disse-me que não havia casa de banho, nem luz... Sem comentários!
Este texto não se destina a criticar gostos pessoais, pelo contrário, apenas revelo uma das minhas fraquezas. ADORO ACAMPAR...em hotéis de cinco estrelas!
Tentei acampar por duas vezes na minha vida (acampar no verdadeiro sentido da palavra) e as duas experiências foram desastrosas. Para mim porque não me diverti e para quem me acompanhava porque esperava que eu me divertisse. O maior problema que existe, na minha opinião, no campismo, é o facto de não existirem as condições mínimas de sobrevivência. Não sabe quais são? Eu explico. Água (que saia de uma torneira e que eu posso determinar qual a temperatura), electricidade (as vantagens não preciso explicar, são conhecidas há mais de um século), casa de banho (de preferência com banheira de hidromassagem e aqueles potinhos com gel de relaxe) e serviço de quartos (de preferência 24 horas).
Eu sei que as criticas a esta teoria, são inúmeras mas podem ser resumidas a duas linhas de pensamento. Os que criticam porque pensam que o contacto directo com a natureza é perdido quando existem as condições mínimas de sobrevivência. E os outros que criticam porque, acampar, é a sua única opção. Pois bem, quanto aos primeiros, a única coisa que posso dizer é que cada um faz o que quer e se de facto acampar os satisfaz e os torna felizes...acampem! Sem água, sem luz...sem nada a não ser boa vontade e natureza. Quanto aos segundos, não posso dizer nada, se essa é a única alternativa, que o façam. Lamento.
Imagine comigo...
Acorda sem saber bem onde está. O local onde se encontra está na penumbra, sente o cheiro a mar e escuta o som distante das ondas. Sente a carícia de lençóis frescos. Um corpo está deitado ao seu lado, iluminado por uma réstia de luz que entra pela janela. Os restos de uma refeição estão abandonados sobre uma mesa distante. Levanta-se, coloca os pés no chão e sente as carícias de uma carpete macia. Na varanda, uma visão paradisíaca, o mar pela manhã... Enquanto desfruta o cenário, alguém o abraça. Um telefonema rápido e a próxima refeição está garantida. E agora, que são dois, quem sabe um duche rápido ou uma hidromassagem demorada... O resto da história deixo a seu cargo. Mas por favor, não tente imaginar o mesmo num acampamento....não vai resultar.
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